Para surpresa de muitos, Marina Silva, diante do não reconhecimento da REDE pelo TSE, decidiu construir uma coligação informal com o PSB e apoiar a candidatura de Eduardo Campos para presidente da república.
Marina fez a chamada filiação democrática ao PSB, para garantir a possibilidade de intervenção institucional dos militantes da REDE. Existe a possibilidade que ela mesma seja candidata a vice-presidente, o que daria uma força ainda maior a esta coligação.
Marina e Eduardo fizeram um acordo muito positivo. O PSB, naturalmente, se fortalece. Mas Marina e a REDE ganham uma força ainda maior. Muitos queriam joga-la na oposição _esta era a política de Aécio Neves e Roberto Freire, do PPS. Marina escolheu o caminho da construção e não da mera oposição e, como disse, do programatismo e não do pragmatismo.
As posições do PSB seriam mais próximas daquelas da REDE. Como esta política é bem vinda em um país empobrecido politicamente, onde partidos se formam para trocar favores e parlamentares terem ganhos materiais.
A união _mesmo transitória_ do PSB e da REDE cria uma real alternativa de esquerda ao enfraquecido governo da presidente Dilma. O PSB, de Eduardo Campos, se tem tradição, de João Mangueira a Miguel Arraes, tem colocado uma crítica eficaz à desastrosa política econômica da presidente Dilma. Marina Silva e a REDE trazem uma forma nova, ação e comunicação, além de serem os porta-vozes da sustentabilidade, da defesa da vida e do planeta.
Os dois partidos defendem o que eu chamo o legado Lula: a política de distribuição de renda que tirou milhões da linha da miséria e fez a desigualdade social cair, depois de décadas. Legado também da abertura aos novos e aos tradicionais movimentos sociais, que, afinal, tiveram acesso aos governantes e muitas de suas reivindicações finalmente atendidas.
Os dois partidos procuraram a sintonia com as grandes manifestações de junho, quando o PT se consolidou como partido da ordem.
Agora, é botar o bloco na rua.
Na rua(e na OAB), pelos professores
Segunda-feira, no Rio de Janeiro, às 10 da manhã, ato contra a violência da PM contra professores, na sede da OAB.
Às 17 horas, no Centro, grande manifestação de apoio à greve.
Vai gente demais, vamos junhar outubro.